David Luiz dá susto na torcida e deixa treino com dores nas costas
Mas é no aproveitamento que a zaga ganha jeito de talismã: com Silva e
Luiz em campo, a seleção não perde há mais de três anos – a última vez
foi no amistoso contra a França, em Paris, em fevereiro de 2011, quando a
seleção jogou com 10 jogadores a maior parte do tempo por causa da
expulsão de Hernanes. A dupla de zaga atuou junta em 29 das 58 partidas
da seleção desde agosto de 2010, quando fez sua primeira partida, após a
eliminação no Mundial da África do Sul. Foram 23 vitórias, quatro
empates e apenas duas derrotas, ambas em 2011.A possível ausência do
zagueiro David Luiz na partida deste sábado contra o Chile – está às
voltas com uma contratura muscular nas costas – é um pesadelo
estatístico para Felipão. Titular absoluto da seleção brasileira em boa
parte dos últimos quatro anos, o novo jogador do Paris Saint Germain
formou com o futuro companheiro de time Thiago Silva uma dupla de zaga
responsável por uma diminuição substancial no número de gols sofridos
pela seleção brasileira e cujo valor é respaldado também pela avaliação
do mercado.
No total, a seleção brasileira levou apenas 13 gols, e em 17 ocasiões a
defesa não foi vazada. Nas vezes em que um dos dois ou nenhum deles
esteve em campo, o Brasil sofreu quase o dobro de gols (25), apesar de
ter "fechado" o gol em 14 partidas. Com a dupla titular em campo, a
média de gols sofridos pela seleção é de 0,45 por jogo. O índice salta
para 0,86 com a dupla desfeita.
Os dois jogadores agora se preparam para formar no PSG a dupla de zaga
mais cara da história, depois de o clube parisiense, que tirou Silva do
Milan por R$ 126 milhões em 2012, pagar ao Chelsea R$ 150 milhões por
David Luiz, em maio.
Na Copa do Mundo, a defesa da seleção foi vencida duas vezes nas três
primeiras partidas, um desempenho semelhante ao do mesmo período na
última Copa do Mundo. A competição marcou a despedida de Lúcio e Juan,
que fizeram história ao se tornarem a primeira dupla de zaga brasileira a
disputar dois mundiais consecutivos – embora as participações em ambas
tenham terminado nas quartas de final.
Lúcio (campeão mundial com a seleção em 2002) e Juan atuaram juntos em
49 partidas, com 33 vitórias, dez empates e seis derrotas. Levaram 32
gols, média de 0,71 por partida, mas em 27 compromissos com os dois em
campo a seleção não foi vazada.
Do UOL, em Belo Horizonte
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