17 de jun. de 2014
Paymony, empresa de ex-líder da Telexfree, é mais uma que sai do ar
O site da Paymony, negócio que promete bônus de até US$ 25 mil por dia , saiu do ar, e a empresa responsável fechou as portas. A companhia foi presidida por um dos principais líderes da Telexfree, acusada de ser uma pirâmide financeira, e contou com o deputado federal Acelino Freitas (PRB-BA), o Popó, em um vídeo de divulgação.
A Paymony é apresentada como uma forma de ganhar dinheiro com a mineração de uma moeda virtual concorrente do bitcoin. Quem investisse U$ 1,5 mil conseguiria tirar US$ 1.250 mil por mês – fora os bônus diários –, um valor considerado irreal por um especialista do setor.
No sábado (14), o endereço www.paymony.com, por onde os associados movimentavam suas contas, exibia uma mensagem dizendo que a página ficaria fora do ar “o mais breve possível” por causa de uma “manutenção preventiva”.
A empresa dona do site, a americana Andpry, foi dissolvida em 18 de abril, de acordo com os registros da Divisão de Corporações do Departamento de Estado da Flórida.
À época, a Andpry era presidida por José Marcus França Bonfim. Conhecido como presidente Marcus França, o empresário foi um dos maiores divulgadores da Telexfree no Brasil – numa foto de dezembro de 2012, França mostra um cheque simbólico da empresa no valor de R$ 1,8 milhão.
Procurados, França e a Paymony não responderam aos contatos feitos por e-mail.
“O campeão mundial agora é Paymony”
França foi o responsável por incluir Popó na Paymony, e usar a imagem do deputado e campeão mundial de boxe como forma de promover o negócio. Vídeo disponível no Youtube desde pelo menos março de 2014 mostra a frase “o campeão mundial agora é Paymony” sobreposta a imagens de lutas.
Na sequência, Popó surge junto com França no momento em que o parlamentar é inscrito na Paymony.
“Estou aqui com o nosso deputado federal Popó, Acelino popó, que está com a gente na mente e no coração e hoje a gente vai fazer o cadastro do Popó”, diz França, no vídeo.
O parlamentar afirmou que fez, mas já não faz propaganda para a Paymony.
“Nem amizade com o Marcus França eu tenho. Não conheço a empresa”, disse Popó.
Deputado quer regulamentar marketing multinível
A Paymony se apresenta como um negócio de marketing multinível (MMN) – modelo de varejo legal em que revendedores autônomos são premiados por trazer mais revendedores para a rede.
O MNN, entretanto, tem estado sob pesado questionamento após diversas empresas que afirmam aderir ao modelo terem sido acusadas por promotores de Justiça e procuradores da República de serem pirâmides financeiras disfarçadas. São os casos, por exemplo, de Telexfree e BBom – seus representantes sempre negaram irregularidades.
Popó apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados que pretende regulamentar a atividade do Brasil, com o argumento de proteger quem investe dinheiro no negócio, e é o coordenador da Frente Parlamentar Parlamentar Mista do Marketing Multinível.
À época, Popó argumentou que a premiação poderia decorrer do fato de que “a gente puxa essa bandeira do marketing multinível”.
Fonte: IG
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