A zebra ameaçou sair do deserto e passear pelo Mineirão. A favorita
Bélgica, sensação nas eliminatórias, com nomes pomposos e uma geração
considerada a melhor da história de seu país, mostrou que a experiência
de estrear quase um time inteiro em Copa do Mundo, ainda mais com a
banca de grande aposta de muita gente e a euforia belga, não é um peso
simples de suportar. Durante boa parte da partida, eles correram atrás
dos guerreiros do deserto, que saíram na frente, marcaram duro, mas
sofreram a virada no fim. No jogo inaugural do grupo H da Copa, a
minoria belga festejou por último e conseguiu – com muito custo – calar
os argelinos. Os gols de Fellaini e Mertens, dois reservas, mantiveram a
esperança belga de pé. Feghouli, de pênalti, fez o gol dos argelinos,
mas também perdeu a bola que gerou o gol da virada.
Com um elenco recheado de destaques em grandes times da Europa, como o
paredão do Atlético de Madri, Courtois, o zagueiro Kompany, do
Manchester City, e o meia-atacante Hazard, do Chelsea, a Argélia
enfrentava um pulmão verde na arquibancada. Com muita festa e cantoria,
eles se apoiavam em alguns bons valores da equipe do técnico bósnio
Vahid Halilhodzic. O camisa 10 Feghouli e o meia-esquerda Mahrez deram
trabalho para a defesa e o meio de campo belga.
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