A Polícia Civil agiu rápido e neste sábado (5), prendeu um dos
suspeitos de terem arrombado o cofre da agência do Banco do Brasil da
avenida Engenheiro Roberto Freire, em Natal, na madrugada da última
quinta-feira (3). Carlos Doberto Cabral da Silva, de 31 anos, natural de
Natal, foi preso na residência dele, na Vila de Ponta Negra.
Junto com Carlos, a polícia encontrou a quantia de R$ 130 mil, 65% do
total de R$ 200 mil que foram levados do banco. De acordo com o
delegado da Delegacia de Furtos e Roubos (Defur), Herlânio Cruz, o
restante do valor foi dividido com outras três pessoas que participaram
da ação da qual Carlos foi o mentor. “O Carlos confessou o crime e falou
que agiu com outras três pessoas, que provavelmente não são do Rio
Grande do Norte. Ele afirmou que não teve ajuda de ninguém de dentro do
Banco. Falou que conhecia bem a agência por ser correntista, o que de
fato ele é. Com isso, ele analisou bem toda a agência e chamou os outros
comparsas para praticarem o roubo”.
Segundo o depoimento de Carlos Doberto, a quadrilha entrou no Banco
do Brasil pulando o muro da agência e arrombando uma janela. Depois,
abriram diversas portas até chegarem ao cofre principal. A ação durou
cerca de 20 minutos. “Todos na quadrilha têm uma função específica, o
que acaba fazendo com que eles consigam agir de maneira mais rápida.
Esse tipo de quadrilha é muito inteligente, tanto que até agora não
temos informações de que eles usaram qualquer tipo de arma”, frisou.
O delegado ainda explicou o motivo que levou a polícia a prender o
suspeito tão rapidamente. “Assim que soubemos do roubo, fomos lá apara
averiguar a situação. Escutamos algumas pessoas e fizemos um trabalho de
investigação. Tudo nos direcionou para o Carlos. Conseguimos o mandado
de busca e apreensão tanto para o flat que ele tinha na Roberto Freire
como a casa dele em Vila de Ponta Negra. Lá, tudo o que suspeitamos se
confirmou”.
Carlos Doberto já é conhecido da polícia. Ele é suspeito de crimes
como estelionato e falsificação. Além do dinheiro, foram achados com o
suspeito máquinas de cartão de crédito, bandeiras holográficas de
empresas, uma cédula de identidade apenas com a foto dele e ferramentas
que eram utilizadas nos arrombamentos. Além da casa em Vila Ponta Negra,
Carlos também era dono de um flat na Roberto Freire e tinha uma Ranger
(carro da Ford). “Ele era um cara bem inteligente. Falamos com a
empregada dele e ela falou que trabalha com o Carlos há três anos e
nunca viu ele trabalhar. Também encontramos uma apostila explicando como
funcionava um cofre. Infelizmente é uma pessoa que usa a inteligência
para cometer crimes”, afirmou Herlânio.
Para finalizar, o delegado lembrou que o suspeito disse que iria sair
do mundo do crime. “Ele nos falou que tinha deixado esses crimes de
falsificação e estelionato. Ele também disse que só fez esse assalto
para comprar uma lanchonete em Pipa e viver tranquilamente. Acho que
acabamos com os planos do rapaz”. Carlos Doberto vai responder por
crimes de furto qualificado, falsificação de documentos e associação
criminosa.
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