Inaugurada em 2007, a ponte Newton Navarro trouxe problemas para o
Porto de Natal. Com a altura de 55 metros, grandes navios de passageiros
não conseguem aportar no porto, indo para outros portos do Brasil e
fazendo o trajeto para estado de ônibus.
O presidente da Companhia de Docas do Rio Grande do Norte (Codern),
Pedro Terceiro de Melo, garantiu que o porto potiguar ainda não deixou
de receber nenhum navio de carga por causa da altura, mas há um grande
navio de passageiros que não consegue aportar no Porto de Natal.
“O Brasil tem mania de não planejar as coisas e acontecem essas
aberrações. A ponte é magnífica, linda, mas infelizmente houve esse
equívoco que limita o porto. Ainda não aconteceu de não receber navio de
carga por causa disso”, relatou Pedro Terceiro de Melo.
Para tentar reverter essa situação, Pedro comentou que a empresa de
cruzeiros entrou em contato com a Codern, que listou os obstáculos, e
foi lançada a ideia baseada no que acontece em Veneza, na Itália.
“O navio tem umas embarcações próprias que podem conduzir o pessoal
de uma área de fundeio até o porto, nós teríamos que construir um acesso
flutuante. Mas existe uma série de questionamentos, a Marinha fez
questionamentos, argumentamos que isso é possível, sem riscos. Em Veneza
existe esse serviço, os navios não chegam a Veneza, param em um
determinado ponto, ficam em fundeio e vão nessas embarcações próprias
dos navios. Isso é uma prática natural”, detalhou
Ele completou que esta decisão não cabe a Codern, sendo necessário o
apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de Natal com uma ação
política conjunta. “Se a gente fizer o primeiro, nunca mais a gente vai
deixar de fazer, e se a gente perder a oportunidade que nós estamos
tendo, que é a Copa, vai ficar difícil de quebrar isso”, disparou Pedro.
“O que depende do governo são ações de fazer com que a empresa tome a
decisão de vim, que esteja a disposição de superar isso, porque o risco
de levar os passageiros para o navio a dez ou 15 mil milhas é menor que
transportar em ônibus”, ressaltou.
A Marinha encaminhou a Codern o documento oficial que será repassado à
empresa confirmando a possibilidade dessa alternativa. Na reunião da
Conaportos [Comissão Nacional das Autoridades nos Portos], o presidente
da Codern apresentará a ideia buscando a aprovação, “se for aprovada
temos a possibilidade de colocar em prática”.
Segundo Pedro Terceiro de Melo, a Codern iria construir uma estrutura flutuante para receber os passageiros
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