O Brasil vai gastar quatro vezes mais com segurança na Copa
do que a África do Sul destinou ao Mundial há quatro anos. Dados
oficiais apontam que os sul-africanos investiram cerca de R$ 400 milhões
para garantir a segurança do evento. Na época, a Fifa já havia alertado
que esse quesito seria fundamental para delegações e torcedores, em um
país conhecido por sua alta taxa de criminalidade.
Mas não era
apenas a questão da violência urbana que preocupava a Fifa. Desde os
ataques de 11 de setembro de 2001, a entidade passou a avaliar que a
Copa também poderia ser usada como um palco para ataques terroristas. De
fato, meses depois dos atentados à torres gêmeas, em Nova Iorque, e ao
Pentágono, em Washington, a empresa que garantia o seguro da Copa de
2002 no Japão anunciou que estava rompendo o contrato.
Desde
então, a Fifa passou a exigir compromisso total dos governos com a
questão. Um dos maiores testes ocorreu em 2006, na Alemanha, em uma
região que poderia ser colocada como potencial alvo de ataques. O gasto
do país com a segurança da Copa jamais foi publicado. Mas o governo
admitiu que colocou nas ruas naquele mês o maior dispositivo de
segurança que o país havia visto desde o final da Segunda Guerra
Mundial.
Foram
250 mil policiais, 7 mil soldados e 20 mil homens de empresas privadas.
O governo alemão decidiu na época colocar em um banco de dados todas as
informações sobre cerca de 250 mil pessoas que estavam trabalhando para
o Mundial, para a Fifa e patrocinadores. Os 10 milhões de torcedores
que fizeram pedidos de ingressos pela Internet também tiveram seus dados
verificados pela segurança do evento.
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