Pages

27 de nov. de 2013

O “Veiaco” e o Cobrador – Rozevaldo Junior (Biludo)

Mais uma bela história contada por Rozevaldo Junior (Biludo) sobre um “veiaco” ainda não identificado conhecido por “Caroço” .
Dessa vez a vítima do caloteiro foi o amigo Gilvan residente da Bela Vista – São Paulo.
Muito humor confiram:

Eu já ouvi uma frase
Que minha vó que dizia.
Se tu não pode com o pote
Nunca pegue na “Rodia”.
Eu vou falar de um moço
Conhecido por “Caroço”.
Querido na região,
Com uma ideia de corno
Resolveu comprar um forno
Por que não tinha um fogão.
O “Caroço” é um cidadão
De Capim Grosso Bahia.
E andava se gabando
Que cumpria o que dizia.
Com fama de pagador
Pois sempre se dedicou,
Para pagar suas contas
O Gilvan se atrapalhou-se
Negociou com o moço
E agora segura as pontas.
Gilvan chegou com um forno
Com uma cor meia cinzenta.
“Caroço” falou é quanto?
E ele: – cento e cinquenta!
Ai os dois se sentaram
Com muita luta acertaram,
Fecharam o negocio por cem.
Gilvan ficou empolgado
Com o negocio fechado
Mas insistia um porém.
Na hora do pagamento
“Caroço” inventou Desculpa.
Chamou o rapaz no canto
E falou: – Gilvan escuta.
Me entenda por favor
O meu dinheiro acabou.
Só resta 70 reais
Segure esses 70
Que na semana que entra
Eu pago o resto rapaz.
Gilvan pegou os 70
E ficou os trinta fiado.
E no dia de receber
Cadê achar o safado.
Ele vinha todos dias
Mas caroço se escondia.
Na maior cara de pau,
E quando o cara avistava
O peste já se zangava
E não pagava um real.
E ficou aquela briga
Igual o gato e o rato.
Gilvan cobrando o “Caroço”
E ele fazendo barraco
E rapaz já cansado
Mandava vários recado.
Ligava no celular,
Era o rapaz se irritando
E “Caroço” enrolando.
Nada de querer pagar.
Vinha sempre cobrador
Recado não adiantava.
Era bilhete, era carta
Que o carteiro entregava.
“Caroço” só desfasava
O Gilvan na sua casa.
Estava faltando o arroz
E quando ele ligava
O “Caroço” já falava
Amigo passe depois.
Um dia o pobre Gilvan
Veio cobrar de surpresa
Ai avisto “Caroço”
Sentado em uma mesa.
Quando o rapaz foi entrando
Caroço foi se assustando.
Olhou pra ele e sorriu,
Mas ele só se zangou-se
Quando gritou: – “Caroço”?
Ele respondeu: – saiu!
Ai o rapaz desistiu
E desanimou de tudo.
Não vende mais nem um forno
Nem vem no bar de Biludo.
Gilvan decepcionado
Só passa do outro lado.
Não pisa nem na calçada,
“Caroço” agora faz planos
Pois já passou cinco anos.
E a divida foi perdoada.

Autor: Rozevaldo Junior (Biludo)

0 comentários:

Postar um comentário

 
GeraLinks - Agregador de links

LINGUAGENS

SEJA VISTO ANUNCIE

SEJA VISTO ANUNCIE