Após ser baleada três vezes e perder a filha de cinco anos e o marido
assassinados no último sábado (9), Naircleide Dias Duarte, 28, ficou
lado a lado com o homem que matou a sua família em um ponto de ônibus em
Mogi das Cruzes (Grande SP).
De acordo com a polícia, o suspeito foi baleado durante uma briga em uma
casa noturna na cidade de Suzano na madrugada de domingo (10). Ele
acabou sendo levado para o mesmo hospital onde Naircleide está
internada. Apenas uma maca a separou do atirador.
Ao fazer o reconhecimento, uma testemunha do crime foi chamada e,
segundo a polícia, também reconheceu o homem como sendo aquele que
atirou na família. A polícia ainda não sabe a motivação e investiga se
há um mandante do crime.
A polícia ainda não sabe quem atirou contra o criminoso.
O CRIME
Segundo a polícia, por volta das 10h30 de sábado José Cosme de Barros,
63, a filha Julyana, 5, e a mulher dele, Naircleide, corriam em direção a
um ponto de ônibus na avenida Lourenço de Souza Franco quando deram
sinal para o ônibus parar.
O motorista e o cobrador do coletivo disseram à polícia que no momento
que o coletivo parou, um homem que estava no ponto questionou se
Naircleide era "fulana de tal" (o nome não foi ouvido pelas
testemunhas). Ela já se preparava para entrar com a filha no colo no
coletivo e negou ser a tal pessoa. Em seguida, o criminoso tirou uma
pistola 9 mm da mochila.
Segundo a polícia, Barros entrou em luta corporal com o criminoso e a
arma caiu no chão. O bandido conseguiu recuperar a arma e atirou duas
vezes contra a cabeça da vítima, que morreu na hora.
Naircleide, segundo testemunhas, chegou a implorar para o criminoso não
atirar na filha, mas ele efetuou vários disparos nela e na criança.
Julyana foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Naircleide caiu
no degrau do ônibus e, antes de fugir, o suspeito ainda deu vários
golpes de coronhada na cabeça da vítima.
O bandido fugiu deixando no local do crime um boné e a mochila. Segundo a
polícia, as câmeras do ônibus mostram que o homem internado tem
características similares ao do suspeito que atirou na família de
Naircleide.
Junto com os pertences das vítimas foi encontrada uma carta para o Papai
Noel que foi escrita pelos irmãos mais velhos de Julyana. No papel,
cada uma das crianças relatava o que desejava ganhar de presente no
final do ano.
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