20 de dez. de 2013
Telexfree é alvo de autoridades de mais dois países
A Telexfree, acusada de ser a maior pirâmide financeira do Brasil pelo
Ministério Público do Acre, está sob investigação na República
Dominicana. No Peru, uma autoridade de supervisão financeira emitiu um
alerta informando que a empresa não tem autorização para captar
recursos. As atividades da Telexfree são alvo, há cerca de um mês, da
Divisão de Delitos Tecnológicos da Procuradoria Geral da República
Dominicana – equivalente ao Ministério Público Federal do Brasil. A
suspeita é a mesma que atinge a empresa no Brasil: pirâmide
financeira. “Essa foi a inquietude que chegou até aqui”, afirma o
procurador John Henry Reynoso Ramírez, responsável pelo caso, em
entrevista ao iG. “Estamos fazendo as investigações: de onde vêm? O que
produzem? O que vendem?” O número de pessoas que entraram no negócio —
chamados de divulgadores – ainda é desconhecido, mas o analista
financeiro e sócio-diretor da Betametrix, Alejandro Fernandez, fala em
"dezenas de milhares de pessoas" Ele lembra que o salário mínimo
dominicano equivale a aproximadamente US$ 120 – ou menos da metade da
adesão mais barata à Telexfree. "Mas quando a empresa começa a pagar,
recebem US$ 120 por semana", comenta Fernandez, que foi ameaçado por
acusar a empresa de ser uma pirâmide financeira. Para o analista, o alto
desemprego entre jovens – em 2012 estava 32% dos 19 a 24 anos, segundo
Escritório Nacional de Estatísticas dominicano – combinado com alto
acesso à internet tornaram a sociedade dominicana um terreno fértil para
o desenvolvimento da empresa. "E a gente é muito incrédula", conta
Fernandez, que foi ameaçado por um divulgador. Os advogados da Telexfree
não comentaram.
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