As brasileiras estão se tornando mães mais tarde e o fenômeno da
gravidez na adolescência está diminuindo no país. Os dados fazem parte
do Levantamento Estatísticas do Registro Civil, divulgado hoje (20) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o
sociólogo Claudio Crespo, coordenador de População e Indicadores Sociais
do instituto, o comportamento está ligado à inserção da mulher no
mercado de trabalho e ao maior acesso ao estudo nos últimos anos.
“Há uma mudança que mostra um número crescente de nascimentos para
mães de 25 a 29 anos. Isso aponta que a natalidade está tendo um
deslocamento para essas idades mais avançadas, apesar dela ainda ser
jovem, se comparado com outros países, como Itália ou Portugal”,
destacou Crespo.
De acordo com o IBGE, o grupo de mães em idade mais avançada também
aumenta no país. As mulheres que se tornaram mães entre 30 e 34 somavam
14,4% em 2002. Dez anos depois, em 2012, o grupo representava 19%. Em um
recorte regional, os dados revelam que a gravidez tardia é ainda mais
frequente no Sudeste (21,4%) e no Sul do país (20,7%).
Na outra ponta, o IBGE detectou que diminui o número de adolescentes
grávidas entre 15 e 19 anos. “Isso vem se reduzindo em todo o país, mas
tem ocorrido de modo mais acelerado no Sul e no Sudeste. No Norte ainda
há proporções relevantes [de gestação] nesse grupo etário, em torno de
20%”, destacou o sociólogo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário