Em março deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgaram as alterações do espaço áerea para a Copa, prevendo ainda o funcionamento do Aeroporto Internacional Augusto Severo que estaria fora das restrições devido a sua posição. Com a ativação do novo aeroporto, as restrições passam a valer.

Em dias que os jogos começam às 13 horas [13 e 24 de junho], o horário especial ficará valendo entre às 12 horas e 16 horas, e para dias de jogo às 19 horas [16 e 19 de junho] a restrição vale entre as 18h e 22h.
O chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), coronel-aviador Ary Rodrigues Bertolino afirmou que no Brasil “nenhum aeroporto terá suas atividades totalmente suspensas. Será liberado para pouso ou decolagem. Nunca estará fechado totalmente”.
Contudo, as autoridades aéreas informaram que os oito principais aeroportos brasileiros [Guarulhos, Congonhas, Brasília, Galeão, Campinas, Confins, Natal – Augusto Severo – e Porto Alegre], que concentram a maior movimentação aérea no país, não serão afetados.
A equipe responsável pelo planejamento das ações visitou o provedor de serviços de navegação aérea da Alemanha, a Deutsche Flugsicherung GmbH (DFS), usado na Copa de 2006, e também acompanhou o trabalho de gerenciamento de tráfego aéreo durante as Olimpíadas de Londres (2012), a Copa do Mundo na África do Sul (2010), os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver em 2010, a Eurocopa de 2012 e o Super Bowl nos Estados Unidos (2014).
Em caso de fechamento de aeroporto por condições meteorológicas adversas, o planejamento prevê um esquema de aeroportos alternativos de acordo com o tipo de aviação (geral, regular, taxi aéreo).
Áreas restritas

As medidas de restrição preveem três diferentes áreas no espaço aéreo das cidades-sede durante dias de jogos da Copa. Na área reservada, que abrange a área terminal (TMA) da cidade, poderão voar todas as aeronaves identificadas. Na área restrita, com raio de 12,6km, não poderão entrar as aeronaves da aviação geral e táxi aéreo. Na área proibida, com raio de cerca de 7,2km, só poderão entrar aeronaves de segurança e de captação de imagens previamente autorizadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).
As áreas de exclusão aérea serão ativadas somente nas cidades-sede e tem sua ativação de acordo com horário do início do jogo. Para a abertura e a final, as áreas serão ativadas três horas antes e quatro horas após o início do jogo. Para os jogos da primeira fase da competição, o tempo de restrição será de uma hora antes e três horas depois. Nas demais fases, uma hora antes e quatro horas depois.
O modelo de restrição de áreas já foi implementado durante outros grandes eventos sediados pelo Brasil, como a Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude.
Defesa do Espaço Aéreo

O contingente foi dividido em grupos de funções variadas: defesas aérea e antiaérea, segurança e defesa, recepção de autoridades, apoio logístico das bases aéreas e centro de operações militares.
Serão deslocadas para as cidades, 10 aeronaves de caça F-5M de alta performance, 24 aviões de ataque leve A-29 “Super Tucano”, 11 helicópteros AH-2 Sabre e o H-60 Black Hawk da Força e três aviões-radar do tipo E-99 que executam alerta aéreo antecipado.
O sistema de defesa aeroespacial ainda inclui a artilharia antiaérea da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira. Caso uma aeronave entre em uma das áreas de exclusão, serão tomadas medidas de policiamento aéreo com a finalidade de averiguar a identidade da aeronave, forçá-la a modificar sua rota e persuadi-la a obedecer as ordens da defesa aérea. Essas medidas começam a valer ainda na área branca, cuja distância do estádio pode ultrapassar os 100km.
Bases aéreas
Em relação ao uso de bases aéreas para receber as deleções das seleções que disputarão a Copa, além de autoridades, a Aeronáutica foi consultada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) para prestar apoio nos locais onde os aeroportos são compartilhados (aviação civil e militar), como é o caso das cidades de Fortaleza, Brasília e Rio de Janeiro. As delegações ou a própria FIFA devem fornecer equipamentos de apoio de solo para poderem usar o espaço para aeronaves. O planejamento da chegada dos times e delegações é feito pela SAC.


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